quinta-feira, 12 de maio de 2011

DIÁRIO DO PAPEL (Incursão à Feira do Livro, Pt1)

Ora, devassado o lado esquerdo da Feira, a recolha foi alargada a tudo menos o planeado: para começar a História de Portugal de Oliveira Martins, primeiramente editada em 1879 e um monumento à compreensão da portugalidade através dos olhos do pessimista e decadente final do Século XIX. Da mesma altura, no seguimento do meu profundo interesse por Antero de Quental vêm os seus Sonetos Completos minorar o desalento por nenhum stand ter qualquer edição das suas Prosas. Deparando-me com a mui badalada biografia de Salazar de Filipe Ribeiro de Meneses não pude deixar de a adquirir, complementando a dita com o único texto ideológico escrito  - organizado de entrevistas, discursos, etc.- pelo biografado, o polémico Como se Reergue um Estado, editado em Francês em 1936 e agora disponível em Português. No campo das ideias, de Descartes adquiri o seu Discurso do Método e um livro, do qual já li excertos, que me entusiasma para lá da mera excitação, entusiasma-me mesmo porque nele leio o que penso e intuo: As Vantagens do Pessimismo, a bíblia do conservadorismo contemporâneo de Roger Scruton. Dos romances, porque não dei ainda vazão aos que adquiri durante o ano literário que agora termina, fugi a sete pés mas não consegui deixar de comprar, porque me importunaram com os seus lamentos acusatórios acerca da minha ignorância por neles não ter ainda discorrido a minha mente, dois clássicos: Aparição de Vergílio Ferreira e Moby Dick, de Herman Melville [Eu sei, uma vergonha]. Comprei, ainda, mais um romance da Camilla Lãckbeck, já é o segundo, a "nova Agatha Christie Sueca", um policial para oferecer à minha mãe que, aparentemente, adorou o primeiro que lhe ofereci no Natal. Amanhã vou lá cheirar o restante da Feira.

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