terça-feira, 1 de março de 2011
O PODER DOS VALORES
Objectivamente haverá alguma distinção de facto entre o humano oferecido no altar supremo dos Maias, esquartejado e sangrado, para apaziguar os deuses enfurecidos e garantir as benesses divinas essenciais à manutenção da sua própria civilização (ordem política) e o outro, também ele humano, que de igual modo oferece a vida em nome da supremacia de uma determinada ordem política no altar supremo da guerra moderna? Ou, por outro lado, não representarão esses dois pobres desgraçados na mesma exacta medida o sacrifício do indivíduo pela manutenção do modo de vida da sociedade a que tiveram o infortúnio de pertencer? Esse é o poder da crença humana nos valores: o de morrer pelos outros de livre vontade ou de matar alguém sem sentir um peso na consciência.
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