segunda-feira, 15 de março de 2010

PALAVRAS PARA QUÊ?

"A ministra da Educação, Isabel Alçada, foi ontem surpreendida durante a visita à Escola D. Manuel I, em Beja, com uma situação inesperada: o pavilhão polivalente coberto, acabado de construir - ao abrigo do projecto de requalificação do edifício escolar -, deixa entrar água a ponto de interditar o espaço às aulas de Educação Física". Aqui.
Chove dentro de um pavilhão recentemente construído. A culpa, claro é do clima. Mas de quem mais poderia ser? A culpa da pobreza, do desespero e da emergência nacional é da crise internacional; a culpa dos casos sobre o Primeiro Ministro é de uma conspiração judicial; a culpa dos despachos judiciais não sairem a tempo e horas é do tempo que demora a dactilografá-los; a culpa de sermos como somo será também, certamente, dos nossos pais. A culpa é deles. Deles. Sempre deles. Como as crianças que lambuzadas de chocolate dizem que foi o primo ou o irmão que foi ao pote. Teria piada se não fosse um bom exemplo da estupidificação generalizada da democracia actual.

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