segunda-feira, 15 de março de 2010

CONGRESSO DO PSD (IV)








Paulo Rangel. Entrou com uma grande pressão sobre ele. Corressem-lhe mal as intervenções e não teria, provavelmente, hipóteses de chegar à liderança. No entanto, foi o oposto. Fez duas grandes intervenções onde, começando nervoso (e assumindo-o) mostrou-se humano e "real" permitindo uma ligação com a audiência. Mostrou um rumo, deu algumas ideias concretas e empolgou. Empolgou mesmo. Sentiu a necessidade de, fruto de uma ligação recente ao partido, ir buscar Sá-Carneiro mas fê-lo da melhor forma e a mote de Marcelo e Aguiar-Branco conseguiu juntar a absoluta necessidade mudança em Portugal com a reeleição de Cavaco e o sonho antigo de "um Governo, uma maioria e um Presidente". Tem tomates o homem. E o PSD tem tendência para gostar disso. Além disso disse o que é preciso dizer: este país dos interesses, dos negócios obscuros, das dependências tem de ser limpo. E isto mais nenhum candidato disse.

2 comentários:

  1. Tem tomates e tem por detrás Helena Lopes da Costa, António Preto... e os velhos do Restelo do PPD!!!
    Se assim não fosse, ainda pensava dar-lhe o meu voto.
    Mas com aquela cambada agarrada a ele como lapsa... jamais!

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  2. Isso de velhos do Restelo é subjectivo; quanto aos apoios como é que seria possível num partido com 70 000 militantes não haver apoiantes de uma candidatura que não gostemos? Isso vale para todos; a escolha, pelo menos a minha, reside no candidato pois a ele competirá definir o rumo do partido. E, acredito eu, o rumo de ruptura de Rangel com as negociatas e os interesses é o que me tranquiliza mais.

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