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quinta-feira, 3 de outubro de 2013

A VERDADEIRA OPÇÃO

Sobre a questão dos estatutos do PSD e as candidaturas independentes deixo aqui já um breve, e rápido, apontamento sendo certo que voltarei com mais profundidade a esta questão quando tiver tempo nos próximos dias. No Folia do Caos escrevi eu que:

"O triunfo da norma geral e abstracta deriva no legalismo quando se defende a ideia de que a lei tudo consegue definir. Sendo aquela soberana e fundamental, o momento em que tudo na vida das pessoas passa a ser regulado por ela não traz apenas benefícios: pelo contrário, também faz com que se escondam os piores comportamentos por detrás da capa da legalidade. Ao mesmo tempo, num mundo onde tudo se regula, passando o bom e o mau a serem identificados com o que está de acordo ou contra a norma, assume-se que se a lei não proíbe determinado comportamento então, independentemente de ser bom ou mau, aquele é aceitável. Da mesma forma, se o comportamento é considerado ilegal, então ele é mau. (...) A consequência é que, passando o ónus da soberania meramente para a lei, sendo esta aquilo que verdadeiramente nos rege, deprecia-se o instrumento que é o discernimento humano ético e moral: eu não tenho que pensar se o comportamento A ou B é certo ou errado, apenas me interessa se ele é legal ou não. Ou seja: o legalismo positivista excessivo tenderá a gerar uma sociedade amoral que se preocupa com comportar-se de acordo com as leis e não em seguir uma conduta ética e moral que entenda como boa".

Guarde-se a ideia e, considerando que o Presidente da Distrital de Lisboa do PSD (detentor de um curriculum ético e moral tudo menos recomendável) depois de ter rebentado com o poder autárquico do PSD no distrito de Lisboa, anda aí de espada na mão e exigir expulsões,  a questão que os militantes do PSD se deverão colocar será precisamente sobre quem mais respeita a ética e os valores verdadeiramente matriciais do PSD. Assim, serão os independentes que inclusive granjearam fielmente interpretar o sentimento do povo, chegando mesmo a ser por este positivamente sufragado onde enfrentaram o partido, que são uns malandros? Ou serão os caciques de algibeira que de tacho em tacho tanto percebem da alma social-democrata que viram as suas opções derrotadas pelo mesmo povo em toda a linha? Quem será que faz pior ao PSD? Aqueles que apesar do PSD continuam a lutar por um povo que neles se reconhece? Ou aqueles que com o seu caciquismo amoral pervertem o PSD guiando-o à derrota? Escolha o PSD a segunda opção e acabarão sozinhos os caciques a terem votações de 13% a nível nacional como o tiveram em Sintra.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

RESPONSABILIDADES

Os senhores da distrital de Lisboa do PSD já se demitiram?

A POSTERIORI

Alguns apontamentos sobre os resultados eleitorais de ontem:

1. Em Oeiras, um ex-inspector da Polícia Judiciária foi encavado por um indivíduo que foi festejar para a prisão da Carregueira. Esta contada aqui na Flandres e ninguém acredita.

2. No Porto, ganharam as boas contas contra o despesismo populista que vinha do outro lado do Rio. Esta contada aqui há uns dias atrás e também ninguém acreditava.

3. Em Sintra, o PSD de Lisboa e nacional fartaram-se de gerir a câmara e resolveram deitá-la fora.

4. Em Gaia, o PSD achou melhor, já que perdia o Porto, deitar fora a câmara também. Resultado: o independente que candidatou ficou taco a taco com o social-democrata independente... no segundo e terceiro lugar.

5. Entretanto, em Loures, prepara-se a ditadura do proletariado.

6. No Alentejo, é a CDU quem mais ordena.

7. Em Lisboa, a máquina do PSD levou uma tareia monumental: valeram mesmo a pena todos os processos legais contra a lei de limitação de mandatos para impor uma candidatura que teve 22% dos votos? Se há inabilidade e amadorismo evidente em política este é um exemplo evidente.

8. Em Faro, o povo não ficou assim tão zangado com o partido do Macário e não deu a vitória ao PS.

9. Em Braga, o outro Rio finalmente ganhou.

10. Na Madeira, não se ouviu João Jardim.

NOITE ELEITORAL

Ontem, do exílio belga, fui comentando a noite das estrelas autárquicas no Facebook. Aqui ficam as bocas e os apontamentos:

21h00 (hora belga) - Este Luís Delgado, na SIC Notícias, é de rir: no Porto, com a direita dividida entre duas candidaturas fortes, diz-nos este "comentador independente" que Seguro se perder por poucos tem um grande resultado. Já Menezes imagino que ganhar (dividindo o seu tradicional eleitorado) seria uma obrigação. E se, muito possível, ganhar Moreira será uma derrota catastrófica do Governo. Uma análise independente, claro.

21h15 -  No Porto parece-me que o povo escolheu sabiamente; já em Lisboa, a verdadeira dimensão de um descalabro (que se anunciava) deixa-me absolutamente boqueaberto.

21h41 -  O Telmo Correia, onde se mete, dá sempre asneira.

21h42 -  A Judite de Sousa já abriu o espumante?

21h57 -  Com este resultado, se o Fernando Seara queria ir para o Parlamento Europeu, já só vai como assessor. Vá, pronto, chefe de gabinete.

22h06 -  O ambiente no Altis, na candidatura do António Costa, é de profunda partilha com os lisboetas.

22h09 - E na candidatura de Seara já devem estar todos em Cascais, onde trabalham.

22h15 -  O Marques Mendes, na SIC, faz muito bem o seu papel de não parecer nada feliz com a derrota de Menezes no Porto.

22h20 -  A CDU ganhou Cuba.

22h41 -  Naturalmente, o PS, no Porto, face a uma candidatura onde o presidente não se recandidata e o seu eleitorado se divide em dois, naturalmente, repito, o PS - e Seguro - não sofrem aí nenhuma derrota. Entretanto, Manuel Alegre discursa em directo a falar da vitória do PS nas autárquicas e como futura alternativa de governo do país. Naturalmente.

22h49 -  Ah, este Pizarro, coitadinho. E o PS não teve uma derrota na câmara do Porto?

23h20 -  Aquele desgraçadinho que falava como porta-voz do PS deu uma bela imagem de alternativa governativa.

23h28 -  É o Louçã Jr. que fala pelo bloco de esquerda?

23h33 -  Em Oeiras ganha a candidatura que tentou apresentar um presidiário condenado - e a cumprir pena - a candidato à Assembleia Municipal. Está bem entregue, o município.

23h34 -  Quem quiser vistos para a Coreia do Norte dirija-se ao gabinete do novo Presidente da Câmara Municipal de Loures sff.

23h44 -  Insatisfeito com a cobertura da SIC mudámos para a TVI e depara-mo-nos com a Teresa Guilherme aos gritos. A TVI já não cobre actos eleitorais. Sim senhor, apesar de a qualidade não ser muito diferente de alguns candidatos autárquicos, a escolha não deixa de ser deplorável (mas bem indicativa). Execrável.

23h48 -  E na SIC passa a passar uns tristes aos saltos. Confere.

23h50 -  Resta-me registar que, para aqueles que não têm cabo, não há "direito" a noite eleitoral. Eram a SIC e a TVI que diziam que não queriam os canais de notícias na TDT?

00h05 -  Portanto - e não é influenciado certamente pela Beatriz Soares Carneiro -, o CDS, que aumentou em 500% os seus presidentes de câmara e apoiou o Rui Moreira no Porto, safou-se muito bem. Ele há estratégias que, mesmo estando no Governo, dão resultados positivos afinal.

00h13 -  Quantos eleitores socialistas estarão agora, enquanto ouvem o discurso - e os resultados - de António Costa em Lisboa, a pensar que preferiam ver António Costa à frente do PS em vez do Tozé dos devaneios inseguros.

00h16 -  Já eu, como militante do PSD do distrito de Lisboa, estou muito impressionado com o trabalho estratégico da máquina aparelhística social-democrata. Mesmo. Pior era difícil.

00h44 -  Porto just got dunphied.



















00h45 - O Seguro acabou de ler um poema de Manuel Alegre?

00h56 - Amanhã, em Loures.



01h27 -  Em Sintra, o desvario do PSD Lisboa (e nacional) dá uma abébia ao socrático-ex-centrista-novo-socialista Basílio Horta ao candidatar o desaparecido-em-combate Pedro Pinto contra ao sintrense Marco Almeida e oferece emoção à noite eleitoral. Certo mesmo, apenas a passagem do PSD a terceira força mais votada.

01h30 -  O Bloco de Esquerda hoje perdeu 100% das câmaras municipais que detinha. Vá lá, menos mau.

01h34 -  O Bloco de Esquerda (que perdeu 100% das câmaras municipais que detinha) reclama por não ter tido cobertura televisiva. Ou seja, o BE sem televisões não é nada.

01h43 -  Na Madeira estão 18º. Deve ser a Primavera (outonal) a chegar.

01h57 -  Sintra é que é!

02h05 -  Entretanto, na SIC notícias entram em acção os palhacinhos de serviço. Isto de acompanhar os resultados eleitorais só pela net mesmo.

02h16 -  O sucessor do presidiário de Oeiras é um portento de oratória.

02h31 -  O Basílio Horta, como bom socialista, vai "estudar" como proteger a costa de Sintra. Depois fala dos amigos. Confere. Faltou gritar PS com os seus amigos.

02h45 -  E pronto: em Bruxelas são 2h45. Roger and out.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

TAXAÇÃO E REPRESENTAÇÃO

Depois destas autárquicas, como sempre plenas de promessas e festanças (o campeão da festa deve ser Carreiras em Cascais e o chefe da promessa Menezes no Porto), faz-me estar cada vez mais certo de que o simples princípio que levou à revolução americana, a saber, no taxation without representation, deveria ser aplicado também na sua forma invertida: isto é, se os americanos reclamavam que não queriam ser taxados por Londres sem terem direito a representação no parlamento, também nós deveríamos exigir que nenhum dos nossos representantes fosse financiado de outra forma que não a taxação directa. Ou seja, acabe-se com o financiamento das câmaras municipais por via do orçamento geral do Estado e obrigue-se os senhores autarcas a financiarem-se exclusivamente por impostos directos sobre as empresas e os seus munícipes. Assim fosse e seria ver o pagode, depois de pagar os seus impostos, a ir lampeiro para a festa e para o foguete. Ou talvez não: é que a melhor forma de acabar com o despesismo é garantir que os profissionais da cacicagem são obrigados a assumir perante quem os financia - ou seja, perante os contribuintes - que lhes estão a ir ao bolso. Também seria agradável garantir que os desvarios dos Menezes desta vida fossem pagos pelas populações que tiveram a falta de tino de os eleger: por que razão teremos todos nós que não vivemos em Gaia de pagar a dívida que aquele lá deixou? Mais: com esta reforma, autarca que mais gastasse mais teria que taxar os seus munícipes correndo, por essa razão, o risco de perder eleitores: é que a malta não gosta de pagar impostos. E assim seria mais popular baixar impostos (e poupar dinheiro público) em vez do imoral esbanjamento no foguetório, na festa ou no concerto a que todos vamos assistindo. Claro está que tamanha reforma nunca será posta em prática porque vai directamente contra duas coisas absolutamente basilares do regime socialista em que vivemos: por um lado o centralismo burocrático que nos governa e que muitos enriquece; depois porque as autarquias configuram a principal porta de entrada do financiamento partidário e, fruto desse poder, nunca veremos os senhores autarcas a querem ser alvos de tanto escrutínio e a perderem a mais absoluta impunidade em que agora alegremente vão vivendo.

DA CACICAGEM

Acho muita piada a ver as declarações solenes de apoio político ao candidato A ou B por parte de pessoas que devem o seu salário mensal, ou a sua colocação actual, ao candidato A ou B.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

MARCELO, O CACIQUE

O Prof. Marcelo e o seu enorme ego continuam a idealizada caminhada rumo a uma hipotética candidatura presidencial e, por essa razão - e unicamente por causa dela -, vive o nosso professor obcecado com o agradar à estrutura do PSD, faça esta o que fizer, diga esta o que disser, custe o que custar ser uma figura consensual - que agrade a todos. Onde houver um cacique local a desbaratar o dinheiro dos contribuintes para tentar a eleição, lá está o professor a apoiar. Onde  houver um mau candidato de quem (em off) diz cobras e lagartos mas que o aparelho do PSD compungidamente indicou, lá estará o professor a apoiar. Isto vai tão longe que agora até vale uma desavergonhada mentira: diz o professor que "Rui Rio exige a demissão da Ministra das Finanças". É falso. Quem vir a entrevista de Rio, tal como eu vi, pode muito bem ouvir Rio a dizer que a dita senhora foi uma má escolha, que não tem qualidades para o cargo, que isto e aquilo mas, atenção, agora que lá está, "Deus nos livre" que se exigisse uma demissão porque apenas agravaria o problema. Ora, isto não é diferente do que o que o próprio Marcelo disse acerca da senhora. Deve ter ouvido mal, pobre Prof. Marcelo. No final, o interesse dos portugueses e uma análise profunda sobre os méritos e os deméritos dos candidatos (nomeadamente, neste caso, uma comparação entre o trabalho de Rio no Porto e o de Menezes em Gaia para que se perceba o que os verdadeiramente divide) que era o que um suposto analista profundo e verdadeiramente preocupado com o país deveria fazer, isso já é coisa que o professor não faz ou, talvez melhor, porque não daria jeito, não quer fazer. Prefere ser uma espécie de Carlos Castro do comentário da política nacional. Ora, desses comentadores eu dispenso: principalmente para a Presidência da República.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

NÃO PASSA NADA

Quem vir o telejornal da tarde da SIC fica com a ideia que, tirando uns incêndios, em Portugal, não se passa nada. Muito menos uma crise política.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

A RATOEIRA E UMA SAÍDA: Uma Visão (Minimamente) Optimista

Sem uma profundíssima reforma do Estado que seja capaz de, ao mesmo tempo, reduzir a despesa pública de forma muito significativa e, também, não comprometer a natureza fundamental dos serviços públicos básicos sociais que garantam uma igualdade de oportunidades indispensável (bem como um conjunto de bens sociais imprescindíveis a uma sociedade próspera e desenvolvida) não conseguimos sair do buraco em que o partido socialista nos deixou. Este é o primeiro passo para compreendermos onde estamos, senão vejamos: i) sem essa reforma do Estado não se baixa a despesa pública; ii) sem baixar a despesa pública, não se controla o défice; iii) sem se controlar o défice (e arranjar folga orçamental) não se conseguem baixar os impostos; iv) sem baixar os impostos não há retoma económica através da saudável, porque espontânea, actividade empresarial privada (a alternativa é uma retoma económica baseada em investimento público que apenas agrava a dívida - que é o nosso problema desde o início - porque todo o dinheiro público provém de impostos - que não se podem aumentar mais - ou da emissão de dívida pública). Conclusão: sem a reforma do Estado não nos livramos do défice, tal como não criamos condições para um saudável crescimento económico, nem saímos do pântano que nos afunda neste empobrecimento irreversível (e já muito longo). Ou seja: o nosso problema é excesso de dívida e apenas reformando o Estado para baixar as nossas despesas criamos condições para que a economia cresça e, por força desse crescimento, gerar futuros superávites que permitam ir abatendo a dívida, ter perspectivas de futuro e reganhar a nossa prosperidade e independência financeira produzindo mais do que consumimos sem que o rácio seja feito à custa de consumirmos muito pouco (que é o caminho que vamos seguindo: o do empobrecimento generalizado). Até aqui este raciocínio deveria ser evidente, factual e indiscutível. Assim, a verdadeira questão deverá ser: como reformar o Estado? Onde, e como, cortar? Onde, e como, alterar? Ora, considerando que tudo isto assenta na reforma do Estado, natural seria então que andássemos todos a debater como reformar o Estado. Mas não. Nem o governo apresenta uma proposta, nem os desentendimentos governamentais últimos se fazem a propósito dessa essencial reforma mas (imagine-se!) apenas devido a nomeações políticas, pesos políticos e estratégias político-partidárias. Enquanto isso o país desespera por um esboço de reforma do Estado que simplesmente, ao fim de dois anos!, ainda não apareceu. Este é o verdadeiro falhanço deste governo que se vai revelando nos indicadores económicos que, mais ou menos graves, não nos dão sinais de que se possa inverter o rumo em que nos encontramos: na melhor das hipóteses vamos adiando o inevitável. Considerando que reformar o Estado - e todos os seus interesses - é uma tarefa impossível para o partido socialista que protege - e vive de - todos esses interesses, chegamos a uma triste conclusão: se a direita não reforma o Estado, ninguém o fará; e se a inversão da situação em que nos encontramos depende dessa reforma (e ela não se faz) a nova questão é: que caminho resta para Portugal? Considerando que eleições antecipadas terão consequências gravíssimas para o país, mas que essas consequências serão as mesmas, a médio prazo, do que ter um governo que não faz as reformas que já deveria ter feito (e portanto não será agora, partido, desfeito, desunido e descredibilizado que as fará), a conclusão é que estamos verdadeiramente encurralados: por um lado um governo que não reforma, por outro lado temos uma alternativa democrática que é contra a reforma. A única solução será, portanto, que, dentro do PSD saia um movimento alternativo à actual liderança capaz de apresentar um programa de governo com uma verdadeira reforma do Estado, primeiro ao partido e depois ao país, para que, aquando das próximas eleições legislativas - sejam elas amanhã ou daqui a dois anos - os portugueses tenham a possibilidade de escolher entre o caminho do socialismo e do estatismo do bloco central de interesses (e da dívida, do défice e da manutenção do status quo) e uma alternativa democrática que permita antever uma solução para a ratoeira em que nos encontramos encurralados. Aí, como sempre em democracia, o Povo será soberano e o único responsável pelo seu destino.

VIRA O DISCO...

Se o resultado prático deste tango todo for apenas o Paulo Portas como ministro da economia e, de novo, encarregue da famigerada reforma do Estado, fico muito mais tranquilo: até porque sabemos todos que o homem se dá bem com a ministra das finanças. Será um governo de futuro, cheio de força e pejado de ideias - e união - que inspirará a esperança no coração de todos os portugueses. Uma maravilha, portanto.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

A CULPA É DA AUSTERIDADE

A oposição de esquerda no Parlamento vai, naturalmente, continuar a culpar os males da pátria na malfadada austeridade que, por malícia, o malandro do Gaspar nos impunha. Já explicarem onde, com novas eleições, sem financiamento externo, vão esses iluminados buscar dinheiro para pagar as contas, já isso é zero. Entre as birras da posição e o desatino da oposição, a conclusão é muito simples: estamos nas mãos de lunáticos.

ULTIMO TANGO EM LISBOA

Graças ao tango dançado nos últimos dias por Passos e Portas, somando-se-lhe a exigência de Seguro em eleições antecipadas, chegámos a um beco com duas saídas: uma, é sermos governados por uma qualquer solução governativa que, sem legitimidade política, não conseguirá fazer absolutamente nada a não ser navegar o caminho inexorável de um segundo resgate e uma falência mais profunda; outra, é termos um processo eleitoral violentíssimo que, graças aos nossos prazos, nos arrastará para um prolongado momento de intranquilidade e indecisão que resultará igualmente num segundo resgate e uma falência muito mais profunda, apenas que acelerados. Agarrem-se bem que isto vai ser a rasgar.

terça-feira, 2 de julho de 2013

RESUMO

Um bando de garotos a brincar aos políticos enquanto o país se afunda. É o que é.

OS NOTÁVEIS

Na SIC Notícias um ex-ministro do bloco central, o advogado de josé sócrates e um militante do PCP discutem o futuro do país. Confere.

PERGUNTAS QUE BONS JORNALISTAS DEVERIAM COLOCAR

Ao Dr. Paulo Portas: "Por que razão se demitiu do governo sem clarificar o país sobre se a sua demissão implica, ou não, a saída do partido (ao qual preside) da coligação governamental?"

Ao Dr. Paulo Portas: "Por que razão se demitiu apresentando uma razão da qual já tinha conhecimento aquando da reunião do Conselho Nacional do seu partido no dia 1 de Julho, reunião na qual não propôs, revelou, ou sequer anunciou a sua intenção de se demitir?"

Ao Dr. Paulo Portas: "Se decidiu demitir-se após saber quem iria ser ministra das finanças, por que razão um secretário de estado indicado pelo CDS tomou posse hoje (dia 2 de Julho)?"

Ao Dr. Paulo Portas: "Quando foi informado da escolha do PM para a pasta das finanças comunicou, sim ou não, a sua intenção firme de se demitir se tal escolha fosse levada a efeito?"

 Ao Dr. Paulo Portas: "Confirma, portanto, que não foi consultado acerca da escolha para a pasta das finanças e apenas foi informado de uma escolha na qual não participou de nenhuma forma?"

Ao Dr. Paulo Portas: "Onde está a proposta de reforma do Estado?"

Ao Dr. Passos Coelho: "Como pode afirmar que «vai averiguar acerca das condições de continuidade, etc., etc,» do CDS no governo quando teve o dia inteiro para telefonar ao seu ministro demissionário Paulo Portas (que lidera o CDS), tal como falou com todos os seus outros ministros (incluindo do CDS), e averiguar o que teria a obrigação de averiguar antes de tomar a decisão de se demitir ou não?"

Ao Dr. Passos Coelho: "Informou o Dr. Paulo Portas da escolha para o ministério das finanças?"

Ao Dr. Passo Coelho: "Se sim, ele manifestou a sua intenção de se demitir se o PM levasse a cabo a sua intenção - escolha - para o mistério das finanças?"

Ao Dr. Passos Coelho: "Além de informar, negociou ou permitiu que o Dr. Paulo Portas, ou alguém por ele mandatado, tomasse parte do processo de decisão sobre o novo titular da pasta das finanças?"

Ao Dr. Passos Coelho: "Onde está a proposta de reforma do Estado?"

ALTA CATEGORIA

Lê-se o comunicado de Paulo Portas e não está lá, preto no branco, que não sabia, que não foi consultado, ou que disse que saía no caso de Passos insistir naquele nome. Ouve-se Pedro Passos Coelho e não está lá, preto no branco, que disse, que o outro sabia, ou que não fazia ideia da possível demissão. Sobre "clareza política", tanto de um como do outro, estamos, portanto, conversados. Já o Tozé Seguro, craque das soluções, da coesão e da solução, conseguiu gritar eloquentemente sobre eleições antecipadas e como está disposto a governar sem que tenha a capacidade de dizer que apresenta uma indispensável moção de censura. Sobre coragem, e coerência, ficamos, também, conversados. Como óbvio será não é com esta malta que vamos lá.

PORTA(S) DE OPORTUNIDADE (II)

O que vale é que o Paulo Portas tem uma reforma do Estado espectacular para apresentar... ao congresso do CDS.

SOMOS UM RIO?


E AGORA PSD?

O PSD não é (apenas) isto, o PSD não pode ser isto.