quarta-feira, 10 de abril de 2013

DÚVIDAS

Aquilo que mais dúvidas me causa é a noção de que o Governo passou os últimos dois anos a gastar ganhar tempo, deitando fora o apoio popular de que gozava em medidas provisórias ou gastando trunfos em coisas que nada tinham que ver com a salvação da pátria - como foi o caso do Dr. Relvas, por exemplo - e que, agora, repentinamente, a propósito do chumbo do TC, como que por milagre, lá virão as reformas do Estado. Curiosamente, planos de reforma da educação, segurança social ou função pública não se conhecem. No mínimo, convenhamos, dá para duvidar. A dúvida é, precisamente, descortinar se o discurso são apenas palavras para ganhar gastar mais tempo ou se a noção de "reforma" é apenas cortar a eito na despesa do Estado e na função pública. Porque não o deveria ser: reformar é fazer melhor, gastando menos dinheiro e não se pode andar a mandar funcionários públicos para a rua, por exemplo, sem que se explique muito bem ao país o que se anda a fazer nem quais os objectivos ou estratégias em que as medidas gravíssimas que se avistam serão tomadas.

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