quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
PORTUGAL, A TERRA DOS CAMPEÕES
Megalomania. Portugal é um país de megalómanos: queremos ser os maiores do mundo, perdemo-nos em sonhos inconcretizáveis e deprimimo-nos quando a realidade nos bate à porta. No entanto, a megalomania, como todas as patologias, com um bocado de sorte pode funcionar a favor do doente; de que outra forma se explica que nos idos de mil e quatrocentos um cotomiço despovoado armado com uns pinheiros descascados e umas espadas tenha ido conquistar o mundo? Se não era um sonho próprio de um bando de megalómanos, então não sei o que seria. Pena é que a megalomania tenha dado certo logo tão cedo na nossa História. Por causa disso, hoje em dia, todo e qualquer projecto megalómano é aceitável porque, que nem os macacos, já percebemos que a megalomania pode resultar: já a vimos resultar. É a vida, azar do destino, problema o nosso. Assumamos: loucos somos todos e cada povo escolhe a sua estultícia própria e até aí nada de mais, nada de grave. Aliás, eu como megalómano Português que sou ainda acredito nisto. Acredito que isto vai resultar, acredito na felicidade lusitana, acredito que este país ainda será um exemplo no mundo e, já agora, que o Benfica será campeão europeu. O problema não está aí, não há mal nenhum com a esperança. O problema está naqueles que se esquecem de que quem gasta mais do que ganha vai à falência e que um país falido não será nem o melhor nem o pior do mundo: será um país pobre e falido. Não compreender isto é alimentar a fornalha da megalomania com barras de estupidez e, aqui sim, infelizmente, reside o problema: é que essa cabra, a estupidez, só traz é desgraças. Principalmente a quem se acha o maior do mundo.
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