terça-feira, 28 de setembro de 2010

É ASSIM

A minha vizinha do lado, senhora idosa dos seus oitenta anos, todos os dias sobe, pelo menos uma vez, os três andares que entremeiam o nosso piso do rés do chão. Como na maior parte dos edifícios antigos do centro de Lisboa, não há elevador, não há escolha, hipótese ou alternativa. A senhora, agarrada ao corrimão, após o final de cada lance de escadas descansa durante uns minutos a recuperar o fôlego. O processo inteiro deve demorar pelas minhas contas uma boa meia hora. Serve o despropósito para que entendamos o seguinte: com subsídios ou sem subsídios, com Estado ou sem Estado a vida não é nem nunca será fácil.

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