Somos as sombras do que fomos
e os prenúncios do que seremos.
Mas:
Porque o passado já não existe
bem como o futuro ainda não,
não podemos ser o que fomos
e o que seremos também não.
Que estranha coisa esta
de ser-se:
o que não se pode voltar a ser
ou de sentir-se:
o que ainda está por vir;
é-se e não se é
e tudo o que não se é
é o inatingível momento presente
onde somos tudo o que podemos ser.
Que lindo!
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