quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
MULTIPLICIDADE METAFÍSICA
Mas imaginemos agora que é ao contrário: e que haja então a multiplicidade dos espíritos - como o desejo ardentemente! - e que daí, porque nada poderá fazer parte do mundo de tais espíritos que não seja por eles conhecido, começando na tábua rasa, o espírito recém-nascido, por força da interpretação incorpora tudo o que aprende na sua fantasia. E nada que ele não conheça poderá fazer parte desta pois se ele não conhece, não interpreta e tal coisa não é apreendida pelo espírito. Também aqui o mundo todo (que é do tamanho do que interpretamos) faz parte do espírito pois não podemos ter como mundo nosso algo que não imaginamos sequer vir a conhecer. Então aí tudo seria uma criação da loucura interpretativa, tantos mundos quanto espíritos, sobrando na desilusão da finitude ao menos o consolo - enorme! - de que se a cada um o seu espírito criador, então não estaríamos sós.
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