sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
INTERSUBJECTIVIDADE
Apenas compreendemos nos outros o que deles vimos tal como os outros ouvem de nós aquilo que imaginam que queremos dizer. Estaremos, portanto, condenados à solidão máxima da subjectividade: o nosso mundo é apenas a nossa interpretação dele - e quão curta esta é! - e até as palavras que atiramos uns aos outros são ditas de uma forma que apenas quem as profere conhece o que de facto querem dizer tal como são ouvidas de tantas formas quantos ouvintes para elas existirem. Talvez - e digo mesmo talvez! - seja a emoção a solução para quebrar a barreira racional da interpretação e, de facto, permitir a verdadeira comunicação; talvez sejam as emoções a única forma de nos tocarmos uns aos outros: e aí não seriam as palavras mais do que invólucros vazios de sentido (porque o que digo ninguém compreende de facto, apenas interpreta) meramente instrumentais para o transporte das emoções. Ai! a soberba dos ignorantes que se acham capazes de sequer pensar: mal sabem eles que o pensar e o interpretar não são mais do que o sentir.
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Na mouche!
ResponderExcluir:-)
S