terça-feira, 21 de junho de 2011

O DESTINO

Assumimos o destino como sendo algo com peso, com força: é um desígnio, uma fatalidade. E é este peso que transportamos para as nossas vidas, para as escolhas que fazemos questionando-nos acerca do sentido que as coisas têm e se determinada coisa estará ou não destinada. Não é à toa que o destino se aborda com dois tempos, o passado e o futuro, e que ao primeiro corresponde uma afirmação plena de convicta certeza enquanto que ao segundo cabe sempre uma interrogação: se algo ocorreu porque assim tinha de ser, foi o destino; se algo vai acontecer porque assim terá de ser, será o destino? A verdade é que do futuro ninguém sabe e por isso do destino também não. O destino é a consequência lógica da compreensão humana acerca do tempo: é a noção hoje de que o amanhã vai acontecer; e como o amanhã vai acontecer independentemente da nossa vontade, à efectivação das nossas escolhas (sejam elas livres ou não) conferimos a nobreza do destino: a sensação de que o futuro, apesar de nos estar vedado, já aconteceu.

Um comentário:

  1. O destino é uma combinação das nossas escolhas (livre arbítrio) com as oportunidades do presente e consequências passado. É também a simples lei da causa e efeito. Muitas vezes o futuro é até óbvio, metaforando, se matar alguém vou preso. ainda vou refletir sobre "O destino é a consequência lógica da compreensão humana acerca do tempo". Mas fica aqui uma dica para refletir bastante(eu já reflito sobre isto há anos e ainda não consegui encontrar nenhuma resposta) sobre os desígnios que escapam à compreensão humana. Alguns chamam visão, outros intuição... ???
    Salve Joana D'Arc
    bjs

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