sexta-feira, 17 de junho de 2011
DA CONSCIÊNCIA
Poderíamos dizer que felizes são os inconscientes que usufruem a todos os momentos do seu tempo a vida eterna porque da morte não têm conhecimento nem dela se apercebem. No entanto, o pesado fardo da consciência da própria finitude, porque deriva do conhecimento de si próprio e do mundo, representa também a excelsa oportunidade de contemplar de forma consciente o próprio infinito. Voltando-se a consciência para o imenso e para o todo e, forçosamente, será superior a sensação daquele que contempla em relação àquele outro que meramente usufrui. Ou pelo menos desta ilusão intuição (que a capacidade de consciência é proporcional à capacidade de contemplação) se faça o nosso contentamento: a cada consciência a respectiva chave que, única no seu código de ranhuras, abra a contemplação do infinito e, consequentemente, nos permita o vislumbre da felicidade e que quanto maior for a chave, maior seja esse vislumbre. Dessa forma, apesar de sem sentido, todo este pensamento consciente - e a angústia do conhecimento -, pelo menos, serviria para qualquer coisa.
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