sábado, 25 de maio de 2013

DO OPTIMISMO

Se se quer ter uma boa demonstração do intrínseco optimismo decorrente de uma quase inabalável crença no progresso tecnológico como algo inevitável e rápido basta pensar-se que a Odisseia de Kubrick passa-se em 2001 e a acção de Blade Runner em 2019. Até mesmo o cúmulo do pessimismo - a catástrofe distópica do fim da civilização - de Terminator previa que os computadores acordassem em 1997. Entretanto, em 2013, o vai-e-vem espacial foi descontinuado, o Concorde abatido, os carros não voam, as pessoas ainda comem e bebem (cada vez mais), a CDU continua com 10% dos votos e, imagine-se!, uma revolucionária alternativa ao papel higiénico ainda não apareceu. Futuro? Qual futuro?

NOTAS CONSERVADORAS E LIBERAIS

Algumas notas conservadoras e liberais (já antigas e agora compiladas) sobre as motivações e as consequências do excesso de legislação que publiquei no Folia do Caos: A Questão do Legalismo.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

SHITTING LOVE


BUROCRACIA SAFA TOUROS

Esta notícia sobre dois touros que andam à solta nos montes de Viana enche-me as medidas: entre a bravura dos touros que lutam pela vida, o recorrer ao artifício manhoso do belo sexo (taurino) ou as burocracias das quinhentas entidades que têm que "supervisionar" o processo (e que impediram a sua resolução), nem sei o que mais gozo me dá à leitura. O Sr. Farinhoto, criador de gado há 50 anos decidiu reformar-se e, aos 66 anos de idade, estes foram estes os últimos touros que criou e vendeu. Diz-nos o DN que "esta tarde, depois da longa espera pela recaptura frustrada, acusava cansaço e desagrado pelo o complicado processo, previsto para este tipo de situação, que, já ontem, tinha admitido envolver muita 'burocracia'. 'Se forem avistados tenho que chamar a GNR e depois é preciso contactar várias entidades. Para coordenar tudo isso é difícil e os touros não vão esperar', adiantou." Não vão, pois não. Boa sorte aos touros, possam eles resisitir às tentações daquelas vacas com o cio que a burocracia estatista talvez seja o suficiente para que se safem.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

REVISING IDEALS


“The whole conception of man already endowed with a mind capable of conceiving civilization setting out to create it is fundamentally false. Man did not simply impose upon the world a pattern created by his mind. His mind is itself a system that constantly changes as a result of his endeavor to adapt himself to his surroundings. It would be an error to believe that, to achieve a higher civilization, we have merely to put into effect the ideas now guiding us. If we are to advance, we must leave room for a continuous revision of our present conceptions and ideals which will be necessitated by further experience. We are as little able to conceive what civilization will be, or can be, five hundred or even fifty years hence as our medieval forefathers or even our grandparents were able to foresee our manner of life today”.

F. A. Hayek, The Constitution of Liberty, 1960

quinta-feira, 2 de maio de 2013

O MANTO SAGRADO





IN VOLUPTAS MORS


Photograph taken in 1951 by Philippe Halsman, a Latvian (USSR) photographer, featuring Salvador Dali and a skull formed by seven naked women. This famous image would later be used - quite unnoticeable - in the poster of the blockbuster hit film from 1991, The Silence of the Lambs.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

WORK AND PLAY

"Tom said to himself that it was not such a hollow world after all. He had discovered a great law of human action, without knowing it, namely, that, in order to make a man or a boy covet a thing, it is only necessary to make the thing difficult to attain. If he had been a great and wise philosopher, like the writer of this book, he would now have comprehended that work consists of whatever a body is obliged to do, and that play consists of whatever a body is not obliged to do. And this would help him to understand why constructing artificial flowers, or performing on a tread-mill, is work whilst rolling nine-pins or climbing Mont Blanc is only amusement. There are wealthy gentlemen in England who drive four-horse passenger-coaches twenty or thirty miles on a daily line, in the summer, because the privilege costs them considerable money; but if they were offered wages for the service that would turn into work, then they would resign".

Mark Twain, The Adventures of Tom Sawyer (1876)

A JOB FOR