quarta-feira, 27 de julho de 2011
DO PRESENTE E DO ETERNO
Conseguir um humano definir o que é o presente é tarefa impossível. Talvez seja a melhor forma pensá-lo como o tempo que não é nem passado nem futuro. Daqui saem duas coisas curiosas: a primeira é a noção de que a definição para o momento presente é igual à noção de eternidade: tanto o primeiro como a segunda não têm nem passado nem futuro, simplesmente são. A segunda coisa curiosa decorre da primeira: se o momento presente - o que é real, portanto - é aquele momento sem passado nem futuro então todas as nossas memórias (o passado) e todos os nossos sonhos (o futuro) representam nada mais além do que o manto de irrealidade ilusória com que nos separamos do eterno. A vida será, portanto, o sonho do que fomos e uma projecção do que seremos; e destas abstracções se faz o carrossel da existência que, propulsionado pela ilusão de que há sequer um tempo, nos faz esquecer o eterno, ou seja: o que existe de facto. Nas palavras proféticas de Bill Hicks: a vida é apenas um sonho, a morte não existe e nós somos a imaginação de nós próprios.
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muito obrigada por este post, ajudou-me imenso. :-)
ResponderExcluirOra essa, por quem é ;)
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