quarta-feira, 27 de julho de 2011

DA UNIDADE DAS ALMAS

Desde Platão até aos mais diversos autores, o Ocidente tem por hábito falar nas almas como sendo a parte espiritual dos homens; porque teria a alma, a existir, de ser múltipla e única a cada indivíduo é que me parece uma ideia que nunca foi bem explicada: tão válido seria afirmar que a alma é uma, una e universal - o objectivo divino, portanto - e que se manifesta subjectivamente através da matéria. Desta forma, aquela sensação de individualidade que todos transportamos, o que nos faz sentir como um eu, seria a mesma sensação para todos porque, no fundo, seria o mesmo eu que se revelava em diferentes formas. E de repente, o divino viveria de facto em nós, sendo que este nós na génese seria, tal como tudo o resto, um único eu apenas que disfarçado pelas infinitas máscaras da existência.

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