quinta-feira, 12 de novembro de 2009

SOMOS DOIS

"Tenho de dizer que não gosto nem da forma nem da substância da actividade governativa do primeiro-ministro, basicamente porque não lhe reconheço um projecto digno desse nome para o País e porque a arrogância me incomoda. Aliás, sempre entendi a arrogância como uma espécie de fraqueza.
Mas gosto ainda menos de ver uma das mais altas individualidades do Estado envolta em suspeitas e dúvidas (justas ou injustas), corrosivas da confiança dos Cidadãos na Democracia e demolidora para as Instituições. As desgraças dos adversários políticos não me contentam nem um pouco. E ainda se fossemos um País com um tecido social forte, sempre a sociedade teria respostas independentes e lá estaria, por si. Agora, um País habituado a depender dos Poderes Públicos, estando parte das estruturas e agentes políticos, ao mais alto nível, sob suspeita, é insustentável. Há clarificações que a transparência exige. Mesmo que o Governo apareça agora aparentemente tão dócil, tão dialogante, nada apaga esta situação dramática".

Paula Teixeira da Cruz, in CM

Um comentário:

  1. È o país no seu melhor, a classe politica simplesmente é envolta em constante estrépito interno de fajutos princípios que lustrem só em epoca de campanha eleitoral.
    Abraço

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