ode imortal (soltem os prisioneiros motif II)
Vimos.
Estamos.
Partimos.
E os outros que ficam,
choram as mágoas
pelos sentimentos que não se repetirão;
pelos abraços e beijos que não voltarão
daquele confim mágico
da nossa imaginação.
Fica o que ficou,
enquanto eu cá ficar.
E depois também isso deixará de ser.
E outros virão.
E outros partirão.
E no fim nada nem ninguém ficará,
a não ser a imortalidade
do incessante aproveitamento
do inevitável momento.
(Em momento que escorre,
sempre sem parar,
pensemos agora,
onde ele vai parar.)
Em cada um.
Por cada um.
A cada um os seus momentos.
Aproveitados, vividos e experienciados,
algures se amontoarão,
e aí ficarão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário