segunda-feira, 28 de abril de 2008

ZECA AFONSO

"Traz outro amigo"



Não sendo o 25 de Abril o poço de virtudes que tantos lhe querem atribuir, do muito que teve de bom também muito permitiu de menos bom, tal como tudo na vida aliás, mas não deixa de ser a razão pela qual posso dizer isto mesmo sem me preocupar com quem ouve a minha opinião. Não é a única razão, tivessem muitos dos que tentaram influenciar o rumo de Portugal no pós-25 de Abril triunfado e provavelmente não poderia mesmo dizer aquilo que penso, mas para que esses não se arroguem do património da liberdade que contra ela tanto conspiraram por esse PREC fora, para que a liberdade seja mesmo património de Portugal, aqui fica uma homenagem a esses ventos de mudança que com tudo o que de bom e mau lhe adveio fizeram de ontem o Portugal de hoje. E que em tempos que continuam de apagada e vil tristeza, não nos esqueçamos que para se ser livre não basta apregoar a liberdade é preciso exercê-la, com genica, força e responsabilidade.

De qualquer forma reduzir o Zeca Afonso e a sua obra ao 25 de Abril e à Revolução também me parece hipócrita, é a mesma coisa que não ler Saramago porque o senhor é do Partido Comunista. Azares do destino, a cada um o seu fado, fica aqui a anotação ao dia que mudou o nosso país, mas também, e valendo por si só, a homenagem ao homem que nos deixou um legado musical que só honra Portugal e a lusofonia.

Um comentário:

  1. Em Portugal parece ser "politicamente incorrecto" apontar as coisas menos boas do 25 de Abril e do que se lhe seguiu...De forma muito leve e ainda mais súbtil penso que o fizeste de forma "carinhosa". É importante recordar a data mas ainda mais importante é saber de forma "imparcial" avaliar a história.

    ResponderExcluir