domingo, 30 de maio de 2010

O SUCESSO MARQUETISTA ESTATÍSTICO DÁ NISTO (ou como se empenha o futuro)

"Em 50 anos, os portugueses mais do que duplicaram o seu tempo médio de permanência na escola, mas apesar deste salto Portugal continua a estar em penúltimo lugar entre os países da OCDE, mantendo assim a mesma posição relativa que ocupava em 1960, segundo confirmam dados da OCDE respeitantes a 2010 a que o PÚBLICO teve acesso. A escolaridade média dos portugueses entre os 15 e os 64 anos que já não frequentavam a escola era, em 1960, de 3,15 anos. Na OCDE só a Turquia estava então pior. À semelhança de Portugal, também não conseguiu descolar desta posição: é a mesma que ocupa em 2010, apesar de a escolaridade média ter subido para 6,89 anos. Em Portugal, situa-se agora em 7,89.  O mesmo já não aconteceu, por exemplo, com a República da Coreia. Passou de 4,98 anos de escolaridade média em 1960 para 13,34 em 2010. Era o país com a quarta pior escolaridade média da OCDE. Agora está entre os dois melhores, disputando o primeiro lugar com o Reino Unido."
Mas não andámos nós a revolucionar o sistema educativo nos últimos quinze anos? Com o inglês, o investimentos escolares, a diminuição estatística do drop out e a melhoria dos resultados nos exames de matemática? Tretas demagógicas. Nada se fez que realmente fizesse a diferença. Passaram estes socialistas os últimos anos a dourar estatísticas a pretender reformar aquilo que na realidade é a maior sacanice feita nos últimos anos em Portugal: a "democratização do ensino" não é mais do que gerações inteiras educadas para empregos inexistentes, para o desemprego portanto, sem qualificação para competir de igual para igual no mercado europeu, todos doutores, todos engenheiros, como o Sócrates, todos prontos para salários de miséria e impostos altos, todos sem esperança e sem qualificação. E tudo isto em nome da manutenção do poder político através de "boas" estatísticas que dão votos e que não custam o que os investimentos necessários na educação exigiriam. É esta a imagem do socialismo atávico português: estatísticas positivas que se esfumam na triste realidade dos relatórios internacionais. No final, olhando para estes números vemos que a conclusão é simples: a democracia Portuguesa não fez mais pela educação nacional do que uma ditadura que pretendia uma educação elitista, só para alguns, como forma de maior facilidade de controlo social e político. Nem as pretensas reformas e os números teria sido suficiente. Um sistema educativo de qualidade é aquele que ensina a pensar e esse custa muito dinheiro e dá muitos problemas: é que alguém que aprenda a pensar não aprecia os Malucos do Riso ou compra o lixo todo que nos querem impingir pelos olhos dentro para sermos felizes. O Salazar sabia isso muito bem.

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