quinta-feira, 4 de setembro de 2008

MANIFESTO CARROSSELIANO

Perdidos na noite e encontrados nas madrugadas, aos primeiros laivos do sol, ou ao primeiro sinal sonoro daquela passagem de nível, ou, pior, mau, nada bom, ao sinal sonoro daquele despertador, ou aos primeiros vizinhos que usam o elevador, perdidos nos sonhos, acordados na realidade, dura, fria ou quente, depende dos sonhos, dos pesadelos, perdidos nos sonhos desvairados, encontrados nas manhãs ansiadas.
Encheste-me de sonhos, sonhos quesntes do dia, não os sonhos frios e perdidos do luar, enches-me de esperança, afinal Índia, afinal Tailândia, afinal o mundo, fora o frio cortante de mais uma rotunda, e mais uma volta, toquem o sino, riam-se madrastos feiticeiros porque já percebi que na frieza gélida do sonho nocturno nada é menos real do que na ilusão manhosa do mundo que vocês inventaram. Mais uma rotunda, mais uma espera, bora andar de carrossel, é tão giro giro giro andar a penar para lado nenhum.
E vai mais uma volta!
Uhuhuhuhu!
É uma volta infinita, nunca mais acaba, é eterna porque sem andar para trás quando chega ao fim, chega-se ao princípio, é essa a ilusão! Vejam! Vejam bem! É essa a ilusão, nada é finito, o infinito não existe, existem esferas perdidas que quando chegam ao fim afinal vão começar a começar.
Agora rio-me eu!
Deixem-me rir!
Deixem-me esperar!
Vamos no carrossel, vamos, vamos!
É só uma viagem...

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