E subitamente aquilo que eu tinha visto, pensado ver, sonhado ver
não sei
quem sabe
ali no final da rua, aquilo que eu tinha querido ver, desejado ver,
sei lá que queria eu
ali depois de tudo, no final de tudo, a seguir a tudo. Ali. Eu percebi que o que eu pensava ter percebido não era mais do que o oposto do que efectivamente seria suposto eu ter percebido.
Loop cerebral.
Rewind.
Volta atrás,
mentira
não há voltar atrás quando já se sabe que não se pode ir.
Máscaras de fumos.
Jogos distorcidos.
Traumas perdidos.
Espelhos partidos.
Anseios trocados.
E aquilo que poderia ser não foi, nunca o teria sido, ilusão perdida, ilusão iludida, disilusão sentida.
Os ornatos disseram que viram mas não agarraram, eu vi mas não agarrei, eu vi mas não havia nada para agarrar.
Ainda bem, antes mãos que não se esticam do que dedos cheios de nada.
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