ode talveziana
Talvez seja mesmo suposto ser assim.
Se a incerteza é a única coisa certa,
então o talvez será certamente em mim,
a única palavra que o meu Eu aperta.
Talvez seja mesmo suposto assim ser.
Mas muitas vezes não gosto do talvez
porque a ansiedade insiste em ler
a incerteza dos meus porquês.
E depois de tanto ansear,
anseia-se por tudo e por nada,
até que mesmo ao deitar,
pesadela-se com o sonho da trovoada.
E quando o leve descansar,
nada mais é do que noite anseada,
o cérebro começa a rebentar,
em aivos de respiração arquejada.
Mas ao novo dia o astro rei lança
raios de calma e de brancura,
talvez a pesadélica nocturna dança,
mais não seja que o lavar de alma impura.
Talvez assim seja, assim poderia ser.
Talvez seja o fim desta ansiedade,
Que alegria traria esse crescer,
Até seria benvinda a malfadada da idade.
fantastico, so nao sei o porque da literatura em vez da poesia...
ResponderExcluirt.
fantastico, so nao sei o porque da literatura em vez da poesia...
ResponderExcluirt.
mas onde é que tu andas pá?
ResponderExcluirNão achas que já chega de cantiga (ainda que de amigo). Toca a alterar o disco!!
muito bom! Será da razão ou da emoção? ;-)
ResponderExcluirsabe-se lá... talvez algures no meio da razão emocionada ou da emoção racionalizada...
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